Em meio urbano o crescimento e densificação do espaço edificado tem levado ao decréscimo de áreas verdes e como consequência a um decréscimo na diversidade de ecossistemas, menor qualidade do ar e da água, maior perigo de cheias e em geral um decréscimo na qualidade de vida. Uma forma de amenizar estes impactos apresenta-se hoje sob a forma de telhados verdes, 'greenroofs', e paredes verdes / jardins verticais. 'greenwalls / vertical gardens'.
Estas soluções podem contribuir grandemente para a colmatação de muitos problemas provocados pela densificação urbana, aumentando a diversidade de ecossistemas, purificando o ar (aumentado assim a salubridade) e retendo água da chuva (diminuindo a intensidade de cheias). É de salvaguardar, no entanto, que estas medidas não devem ser interpretadas como uma luz verde para a construção de edifícios desde que sejam forrados com vegetação. Parte do funcionamento do sistema natural continua a ser feito a nível terreo. Por exemplo, as linhas de água continuam a ser indispensáveis e a presença de uma tira de vegetação ripícola é essencial para retenção do solo, redução do impacto de cheias e como base para um ecossistema único. Outro exemplo é a regeneração de aquíferos que é feita por absorção de água ao nível terreo. Por outro lado, a existência de espaço não edificado é crucial para a circulação do ar e de luz solar bem como das próprias pessoas, como individuos (espaço para andar, correr, saltar e brincar ou simplesmente desfrutar) e também na qualidade de seres sociais com necessidades de relacionamentos interpessoais.
As paredes verdes 'Le Mur Végétal', com direitos de autor de
Patrick Blanc, são constituídas por plantas específicas adaptadas às condições climáticas locais, a vegetação cresce sobre um substracto artificial não necessitando de solo sendo regada e nutrida por sistemas de gota a gota. Apresentam a vantagem de serem um revestimento leve que pode cobrir grandes superfícies e funcionam como isolante térmico e sonoro.
Os telhados verdes são, como o próprio nome indica, formados pela vegetalização de telhados e terraços de edifícios. Podem entender-se como extrusões do solo de forma ao edifício ficar por baixo do jardim ou da horta.